Saída do Canadá de Quioto é "profundamente lamentável"

A anunciada retirada do Canadá do Protocolo de Quioto é "profundamente lamentável", disse hoje o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira.
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"É profundamente lamentável e infelizmente é o primeiro de três países que já numa primeira fase disseram que não iam aceitar metas de redução de emissões na continuação de Quioto", afirmou Francisco Ferreira à agência Lusa, revelando que também o Japão e a Rússia manifestaram esse desejo.

O vice-presidente da Quercus diz que "há uma questão de responsabilidade para com as futuras gerações" e nesse aspecto o Canadá "falha redondamente".

Com este anúncio do Canadá, comunicado na segunda-feira pelo ministro canadiano do Ambiente, Peter Kent, Francisco Ferreira disse que o "mais importante instrumento vinculativo" em vigor "vai estar muito enfraquecido até 2020", quando entrar em vigor o protocolo de Durban.

O ambientalista referiu que a "responsabilidade histórica de um país como o Canadá é enorme, comparativamente com a China ou com a Índia, que só agora estão a atingir níveis elevados, e tem uma verdadeira razão por detrás".

"É que o Canadá não consegue cumprir o primeiro objectivo e portanto assim vai ficar de fora de quaisquer penalizações que iria sofrer por não cumprir a sua meta neste primeiro período", concluiu.

Peter Kent justificou a decisão, afirmando que "Quioto não funciona" e que o Canadá corria o risco de ter de pagar multas de vários milhões de dólares se se mantivesse signatário do protocolo.

O Canadá torna-se assim o primeiro país a retirar-se oficialmente deste acordo assinado em 1997 e em vigor desde 2005.

Nos termos do protocolo, o Canadá comprometeu-se a reduzir em 2012 as suas emissões em seis por cento face aos níveis de 1990

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